quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A Quimera

A noite é um pálio estrelado,
Que Quimeras têm iluminado
Em sacra solidão
Vagando pela plaga sombria
Os sonhos que na mente se cria
“Distúrbios” do coração.

Mas então diga-me: - Que és
Se as nuvens estão sob seus pés
E a lua em suas mãos...?
Seja, talvez, aquela certeza,
A esperança do que tanto almeja
Uma brisa, uma pétala ao chão...

Seja a virgem em campos floridos,
Sentindo aromas e sabores sortidos
Sobre a relva a sorrir...
E as águas tranqüilas do riacho,
Toca continuamente seus cachos
A pura beleza está ali...

E as longas noites de insônia
Que a saudade se faz idônea
Pra comigo conversar.
Dela, falamos todo tempo,
Um assunto que me traz alento
Até o sono chegar.

Minha dor se desfaz
Em saber que um dia não mais
Iremos nos afastar.
Quando, radiante, chega o dia
Sinto a tão esperada alegria
De com ela me encontrar.


Salomão Lage
5 de dezembro de 2004

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