Um lampejo na escuridão sentida,
O poeta a dormir.
A escuridão de denso esquecimento,
“Como é a suavidade do vento?”
Questões a surgir...
Terrível é a perda indolente
De um menestrel que outrora contente,
Sabia o que era amar.
Nas ruínas da sua solidão
Sua alma perdida na escuridão,
Seus versos... onde está?
Turbado, caído, prostrado,
Quem sabe se alguém houvesse dado
A gentil mão...
Provou amargo de seu dom suspenso,
Quase louco a entregasse, penso,
O som do trovão.
Mas num sonho ou visão...
Seu alento retorna então...
- A primavera –
Seus olhos cansados do nada enxergar,
Uma flor sublime o faz lembrar
De quem era...
Salomão Lage
26 de outubro de 2009
Um comentário:
Uau! *-*
Esse foi um dos poemas seus que mais gostei! =)
Muito bem escrito! Gostei de todas as estrofes, especialmente essa:
"Mas num sonho ou visão...
Seu alento retorna então...
- A primavera –
Seus olhos cansados do nada enxergar,
Uma flor sublime o faz lembrar
De quem era..."
Embora comece de uma forma triste, a "Primavera" acaba por simbolizar o retorno da esperança. =)
Lindo poema!! Adorei!
abraços!
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