domingo, 15 de junho de 2014

O Romano



Ouvindo a multidão agitada,
Não pude entender nada
O que pediam.
Um homem íntegro, inocente...
Condenado em lugar de um delinquente
É o que queriam.

Eu, completamente pasmado,
Olho para as cenas de meu passado
E recordo...
Como soldado, nunca vi
Uma cena tão dantesca assim...
Não concordo!

Eu ouvi o governador a perguntar...
E em minha mente também a questionar:
“Que é a verdade?”
Um prisioneiro com porte diferente
Com um olhar que penetra dentro da mente
Enxerga toda vontade...

A multidão com fúria voraz,
Que nem mesmo é capaz
De fazer o que é reto.
Eu sou romano, mas percebi
Tamanha injustiça cometida aqui,
Esqueceram o que é certo...

Meu colega Centurião, me falou
De como Ele, uma vez, curou
Seu servo...
Agora O vejo humilhado assim...
E um olhar de amor fito em mim
Não nego...

Só depois eu pude entender,
Que por todos, Ele devia morrer
Pra salvar,
Pendurado naquela cruz, então,
Com o meu nome gravado em Sua mão
Me transformar...


8 de Março de 2014

Salomão Lage

5 comentários:

Rodrigo Campos disse...

Interessante como somos parecidos com O Romano. Está muito bem sugestionado que desde os primórdios da vida somos arregimentados pelo exército do "Príncipe deste Mundo". Mas no decorrer desta vida despertamos para a necessidade de pertencer ao Governo de Deus e à sua soberania nos inclinarmos.

Muito bom, amigo!!!

Unknown disse...

Gostei muito, Salomão! A forma como expressou através dos versos o sentimento daquele soldado romano foi algo primoroso. Acho que você deveria transformar o poema em uma música. :) . Muito bom mesmo. Me lembrou Stênio Marcius, um dos maiores compositores cristãos da atualidade.

Élida Araújo disse...

"Que é a verdade?" >> dá pra ficar mil anos refletindo nessa parte rs Muito bem!!!

Élida Araújo disse...

"Que é a verdade?" >> dá pra ficar mil anos refletindo nessa parte rs Muito bem!!!

Élida Araújo disse...

"Que é a verdade?" >> dá pra ficar mil anos refletindo nessa parte rs Muito bem!!!